“Paris!
À primeira quis-te conhecer, sem te fazer grandes questões, sem entrar na tua privacidade. Disse-te um olá tímido, sondei-te, mas não ficamos amigas de abraço.
À segunda fiz-te uma visita rápida e ingrata – não constavas na agenda, foi uma visita de perda de comboio. Reconheci-te, à noite, bebemos uns copos e parti.
À terceira sinto que finalmente o laço se fez e agora queria escrever-te, visitar-te, sacudir-te as lágrimas e rir-me contigo.”
Dos muitos quilómetros percorridos, ficou a necessidade de saber mais sobre La Défense – como era antes de chegar à enormidade dos dias de hoje? O que se via para além de todos aqueles edifícios e arranha-céus?
A “empreitada” é recente, começou em 1958, tendo passado por várias fases, antes de chegar aos dias hoje. Houve construção, houve retrocessos, houve fracassos e houve sucessos. O nome, esse é antigo – surgiu devido a um monumento em homenagem aos soldados que defenderam a cidade durante as guerras franco-prussianas, em 1870.
As imagens representam a zona de La Défense nos anos 50-60:
1ª – Imagem aérea antes da construção dos grandes edifícios | 1958 | rotunda de Courbevoie
2ª e 3ª – CNIT | La Défense – em 1950, Emmanuel Pouvreau (presidente do sindicato dos construtores de máquinas franceses) idealizou um edifício que servisse para apresentar o que era feito na indústria francesa. Assim nasceu o primeiro grande edifício em La Défense, desenhado pelo arquiteto Jean de Mailly, com uma abóbada triangular. Este edifício foi construído numa rotunda, numa colina natural, onde termina o caminho real desenhado por André Le Nôtre, arquiteto de Luís XIV. No centro da rotunda está o monumento “La Défense de Paris de 1871”, a tal que deu o nome ao futuro quarteirão.